Ao sair de reunião na Fazenda, ministra do Planejamento afirmou que a proposta articulada deve atender os dois lados, da responsabilidade fiscal, mas garantindo recursos necessários para investimentos
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, teve nesta quinta-feira (9/3) a primeira reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para definir a proposta do novo arcabouço fiscal. Na saída do almoço, na sede da Fazenda, a ministra afirmou que a proposta articulada deve atender os dois lados, da responsabilidade fiscal, garantindo também recursos necessários para investimentos.
“Vai agradar a todos, inclusive o mercado”, disse Tebet, que afirmou ter saído satisfeita do encontro. “A reunião foi muito boa, do lado orçamentário e fiscal, saímos muito satisfeitos. Agora, é questão de colocar os números no papel”, acrescentou.
A ministra não deu detalhes sobre a modelagem apresentada pela Fazenda. “O mais importante é que o arcabouço que vai sair é um arcabouço que vai agradar a todos, porque atende os dois lados. O lado da preocupação em zerar o deficit primário do Brasil, que hoje se encontra em mais de R$ 230 bilhões, e a preocupação em estabilizar a dívida PIB, como o próprio ministro já falou. Mas atendendo à determinação do presidente da República de não discuidar dos investimentos necessários para o Brasil voltar a crescer”, explicou.
“Socializando”
Na chegada à sede da pasta pela manhã, Haddad disse estar “socializando” a proposta com a equipe econômica. “Nós fechamos a proposta de arcabouço fiscal na Fazenda e agora estamos socializando com a área econômica. Temos que fechar um entendimento de toda a área econômica para levar para o presidente”, disse a jornalistas.
Além dos ministros, participaram da reunião o secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galipolo, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, o secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Gustavo José de Guimarães, e o secretário do Orçamento Federal, Paulo Bijos.
O ministro da Fazenda precisa se reunir ainda com os chefes das demais pastas econômicas, o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, e a ministra da Gestão, Esther Dweck.
Conforme o prometido por Haddad, Tebet confirmou que a proposta deve ser anunciada ainda neste mês, após passar pelo presidenete Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Existe a expectativa de que a nova âncora fiscal seja apresentada antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontece nos dias 21 e 22 de março.
Fonte: Correio Braziliense