A Câmara dos Deputados aprovou no início deste mês, por 398 votos a 77, o texto-base do projeto de reforma do Imposto Renda (IR) (PL 2337/21). O PL é um substitutivo feito pelo deputado Celso Sabino (PSDB-PA) e ainda precisa ser aprovado pelo Senado Federal.
No dia seguinte, foram votados diversos destaques da proposta. Um dos principais é a cobrança de 15% de alíquota sobre lucros e dividendos, hoje isentos. A cobrança seria de 20%, mas foi reduzida depois de um acordo liderado por partidos do Centrão, que dão base de sustentação ao presidente Jair Bolsonaro.
Apesar de a possibilidade da criação sobre o imposto nos proventos pagos pelas empresas estar no radar, um estudo feito pela startup Grana Capital, aplicativo que automatiza integralmente a gestão de Imposto de Renda (IR) para investidores, constatou que para 49,5% dos entrevistados a taxação de dividendos não vai interferir nas estratégias.
Do outro lado, 48% dos investidores disseram que devem alterar suas estratégias de investimento e investir menos em ações com foco em dividendos.
O levantamento foi feito antes da votação da Reforma Tributária na Câmara e ouviu opiniões dos 422 usuários da plataforma sobre alguns pontos sensíveis do texto, como a alteração do limite de isenção de IR no lucro com venda de ações e a periodicidade da apuração do IR, no caso de quem investe na renda variável.